O MAR É UM POTRO
Chego a Pasárgada, o meu bairro no Passo de Torres – a arena de viver – entre chuvas, ventos e vozes do mar. Águas batendo até a morte, espraiando-se compassadamente. A mesma cantilena imemorial. O mar é como o pensamento: rebolca-se desordenadamente. É um potro xucro na cancha de areias movediças. Eu nunca saberei ser ginete. Porém, muitos sabem surfar sobre águas bravias. Limitam-se às experimentais ladainhas memoriais. Sobrenadam entre tristezas e alegrias...
– Do livro A URGÊNCIA ESSENCIAL, 2013.
http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/2152661