Esgoto-mor.

Não importa a razão nem a saída

Pois a porta fechada sempre está

O caminho termina no abismo

E quem parte não pode mais votar.

Se persistires em abrir um novo nicho

Sobre a pedra da lei que se rasgou

Um grilhão, uma morte, um capricho

Uma sorte como vento em uma flor.

Toda luta termina sem a glória

É simplória a porção sem ter amor

Uma vida sem lógica, sem vontade

Guerra inútil perdida, grande dor.

Morre o homem e a sua consciencia

já não pensa nem come o pão-suor

desistiu de correr atrás do nada

suas pernas caminham ao esgoto-mor.