Marca intangível
Eterna
Num simples toque da rima
Desenha-se
Em leves e breves giros
No jeito sutil do roçar das borboletas
Sinais de que me fazem aflorar a pele
A transbordar-se em suor doce
Surge do sorriso
vivo
Mesmo dum silêncio contido
giro e giro
e o grito articula-se
em versos desinibidos
o dia-a-dia resolve-se em poesia
a solidão estabelecida
parte desatando nós
da mágica vida.
Encanta-me ludibriar clichês
sentar em frente à lua
e apalpar rimas
numa voz que clama
viajar pela noite ou
até na minha cama.
Lá no fundo, abre-se
um gargalo enorme
sedento que me faz chorar
é o medo que impede a sede de amar
As estrelas bordam o manto sagrado
o breu da noite cobre-me
aproveito e fico nua
Ninguém haverá de ver-me
pelas janelas entreabertas
assim posso jogar meus versos ao léu
que nada me acua
Devoro o amante,
Observo e nauseia-me o pedante,
sei que sou poeta
envolvo-me em véus
Rolo perdida e circunspecta
Das entranhas minhas sinas
As linda rimas
surgem do tempo
da quase dor
viram uma bela cantoria
será que sou bruxa, cigana,
Mãe, irmã ou uma vadia?
Virou canção.
Vejo muitos rostos nos espelhos
a rodopiar felizes
as tantas mulheres
fazem uma zona
E elas todas estão em mim
revelam-se por fim lindas madonas
vestidas de vermelho.
refinada nas palavras
distraída e de joelhos
com o poema na boca e no coração.
Eterna
Num simples toque da rima
Desenha-se
Em leves e breves giros
No jeito sutil do roçar das borboletas
Sinais de que me fazem aflorar a pele
A transbordar-se em suor doce
Surge do sorriso
vivo
Mesmo dum silêncio contido
giro e giro
e o grito articula-se
em versos desinibidos
o dia-a-dia resolve-se em poesia
a solidão estabelecida
parte desatando nós
da mágica vida.
Encanta-me ludibriar clichês
sentar em frente à lua
e apalpar rimas
numa voz que clama
viajar pela noite ou
até na minha cama.
Lá no fundo, abre-se
um gargalo enorme
sedento que me faz chorar
é o medo que impede a sede de amar
As estrelas bordam o manto sagrado
o breu da noite cobre-me
aproveito e fico nua
Ninguém haverá de ver-me
pelas janelas entreabertas
assim posso jogar meus versos ao léu
que nada me acua
Devoro o amante,
Observo e nauseia-me o pedante,
sei que sou poeta
envolvo-me em véus
Rolo perdida e circunspecta
Das entranhas minhas sinas
As linda rimas
surgem do tempo
da quase dor
viram uma bela cantoria
será que sou bruxa, cigana,
Mãe, irmã ou uma vadia?
Virou canção.
Vejo muitos rostos nos espelhos
a rodopiar felizes
as tantas mulheres
fazem uma zona
E elas todas estão em mim
revelam-se por fim lindas madonas
vestidas de vermelho.
refinada nas palavras
distraída e de joelhos
com o poema na boca e no coração.