Bem vindo...
Falta-se água; é seca no meu sertão.
Falta-se pão...
A fome assola os demais cantos,
os prantos reinam nesse espaço,
o espaço é mais apertado,
falto,
a vida é vidinha,
a morte, suprema.
Faltam-se chuvas abundantes.
E o nosso calor é diferente,
é intransigente,
é nordestino.
E emergimos,
imigrantes,
desconhecidos,
cérebros em fuga.
Mas, nossos cérebros não valem tanto...
Valem só o escapar desse sertão,
valem só a moedinha que compra água fresca.
Falta-se origem,
origem do bem,
origem nossa, que possa vir à tona,
trazendo felicidades,
alegrando corações.
Mas, as iniciativas terceirizadas unificam-lhes os lucros.
Não há lucro em nosso meio.
Não há ativos nem passivos, só uma situação SÓLIDA e negativa permanente.
Não entendemos de economia...
SOMOS UM DÉFICIT ABSOLUTO POR NATUREZA !