O Céu E O Chão
Duas horas além céu
Cobras lampejam na estrada
Urram vaga-lumes e morsas
Fúfias relíquias estendem-se nos varais.
Poucos instantes
Onde chora o porco
Na calcinha da lama
A chafurdar as pessoas.
Balizam traseiros
Em pés de galinhas azuis
Grotesca a idéia e o desalinho
Sabem tudo o que tem o luar.
Na alameda das flores
A jaca funde-se com o chão
Tâmaras à contra-mão
Juram na cauda do cometa.
À senescência irreversível
Réproba fase pueril
Acende olhiagudo pavio
E a ponte donde olham, invisível.