Delírio esquizofrênico
Hoje mais uma vez decola uma espaçonave.
A tensão domina os seres ávidos de aventuras, vitórias, história. Deixando rastros de nuvem e pó no deserto de Nevada. Bandeiras desfraldaram, egos se inflaram...
Dentro daquela nave, entre paredes metálicas palpitaram corações monossilábicos, olhares embaçados de sangue e lágrima. Seguem desvairadamente pelo espaço aonde não há mão nem contra-mão.
O barulho ensurdecedor não ultrapassa a barreira nem mesmo se vê a fumaça deixada para trás. Apenas um apito e o movimento do lançamento fora sentido como se fosse uma sinfonia que talvez não seja inacabada.
Por vezes Deus, por vezes demônio, nunca saberemos o que encerra o caminho da surpresa ao incrédulo exibicionismo do homem em manter o delírio de ter o universo em suas próprias mãos.