SAINDO DE CENA

Não morri porque fui traida

Me mata mais a morte das promessas descumpridas

Para os vivos que se foram,

apenas peço: ME ESQUEÇAM. ME DELETEM de suas mentes e esquinas. Não me liguem. Não me peçam mais nada. E, se quiserem a conta bancária para pagar o débito real que deixaram, então aí está: Itau, ag. 2057, CC 18539-5.

Afora isso, tirem meus números das agendas dos celulares e esqueçam DEFINITIVAMENTE o meu nome. Já o FIZ com o de vocês.

A meu grande amigo e irmão Jânio Lopo que partiu de repente, este sim... me ligue, mande bilhetes do paraíso e me mate de saudades diariamente. Mas os falsos amigos, os homens que me menosprezaram, PELOAMORDEDEUS, enfiem as cabeças na areia e se finjam de avestruzes. Só assim, talvez, se tornem mais dignos de terem tido a honra de passar horas a meu lado e tocar o meu corpo e, em alguns momentos, a minha alma. Resumindo: EXPLODAM; virem homens-bomba; caiam do abismo; saltem do Elevador Lacerda. Tornem-se nomes nos obituários dos jornais que nem leio. Espero que isso seja tão claro quanto o sol que bate no sótão onde agora vivo e acordo todas as manhãs. SÓ, mas com a melhor pessoa para estar comigo: EU mesma!

Iza Calbo
Enviado por Iza Calbo em 13/03/2010
Reeditado em 13/03/2010
Código do texto: T2136559
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