Desalento

Desalento

Pudesse este meu beijo em tua face, acordar-te deste sonho em que te escondes.
Que por um momento, tu repetisse meu nome e eu encontrasse aquele amor de outrora, que por vezes vislumbro sob esta nevoa que encobre seu olhar distante, quando por segundos olhas dentro de meus olhos.

Percebo, então, teu espírito envolto numa névoa, prisioneiro em uma torre onde não há luz.
Eu te chamo, tu procuras, mas não encontrando a saída: desistes. E minha voz se perde no ar, enquanto aqui fico, sem saber quem é mais cativo: Você em sua torre ou eu em minha realidade?
Certamente somos ambos os prisioneiros; cada um em seu mundo, a procura de si mesmo.
Eu, aqui te procuro, grito teu nome e guardo lembranças; enquanto tu, já sem lembranças, nada mais tens o que guardar.

E caminhamos de mãos dadas pela longa estrada.
Tu não sabes quem eu sou, mas eu não esqueço quem tu és.


Lisyt

Lisyt
Enviado por Lisyt em 13/03/2010
Reeditado em 13/06/2013
Código do texto: T2136539
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