O Vômito nos Serve de Refeição
Não posso ler-te
Meus alicerces são côndritos
Os átrios cantam preces aos ventrículos
Se tenho abatidas gazelas
De prontidão, leões assanham-se a limpá-las
Então, seguimos o protocolo do mal.
Não devo ser-te
Meus teoremas inválidos na regência do concerto
O pavor é o pavão do acerto
Temo pelas espingardas galhofeiras e inquisitórias
Nas fileiras das horas galopantes
Ato-me aos átimos e cânceres de instantes
Entorno a garrafa de pus
A goela queima, porém respira.
Não sei ter-te
Meu Apolo é o teu Édipo
Não nado suavemente pela tua corrente
Tuas certezas me são escapes
Apenas, dou-te altezas
Que rumam ao nervo ateísta da coragem
No reverso da margem degringolada
Atenção com os fiapos acerejados!
Meu negativos
São escatológicos embates
Mecônios e colostros
Ascos bolinados em santos de barro
Hão no estado imperfeito da gíria que breca
Eca!
A merda rejeitada te serve de almoço
Pecas pelo alvoroço?
Elas, tua essência.
Não sonho
Nem posso!
Quando poso de traste
Tua colombina de arraste
Mete à lógica ressequida
A carcaça escasseada
Punga fonte da manhã de enseada
E, por vezes, é fã da imagem vomitada.