O fim dos fins

Até que enfim, chegamos ao fim.

Estamos no limite...

No limite da vida,

no limite dos vivos,

acesos,

mornos,

com a mesma cara de ódio,

com o mesmo ódio de pobre.

Até que enfim, a pobreza acabou...

Agora temos pão e água boa para acompanhar

nas refeições.

Temos um resto de tempo para enriquecer.

Quem sabe, roubar?

Quem sabe, cultivar?

Quem sabe, amordaçar o mercado em busca de ouro?

Até que enfim, chegou o bonde...

E vou-me.

E tudo se vai.

E ele me leva,

juntamente com os meus sonhos,

juntamente com os fins que eu nunca planejei.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 12/03/2010
Código do texto: T2134366
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