O fim dos fins
Até que enfim, chegamos ao fim.
Estamos no limite...
No limite da vida,
no limite dos vivos,
acesos,
mornos,
com a mesma cara de ódio,
com o mesmo ódio de pobre.
Até que enfim, a pobreza acabou...
Agora temos pão e água boa para acompanhar
nas refeições.
Temos um resto de tempo para enriquecer.
Quem sabe, roubar?
Quem sabe, cultivar?
Quem sabe, amordaçar o mercado em busca de ouro?
Até que enfim, chegou o bonde...
E vou-me.
E tudo se vai.
E ele me leva,
juntamente com os meus sonhos,
juntamente com os fins que eu nunca planejei.