Áudio : http://www.recantodasletras.com.br/audios/prosapoetica/29370
DO FIM AO COMEÇO---***
Vou fazendo o caminho dos contrários
Corro no sentido anti-horário de mim
Teias enredadas daquilo que ainda não vivi
Porque viver é loucura, desde o fim ao começo.
Certeza que tenho ter nascido velha num tempo que desconheço
Andei a frente desta voracidade determinante,
Porque quando lancei ao mundo meu primeiro suspiro
Já era do martírio agonizante, de quem nasce errante.
Não havia na tez a delicadeza de um recém-nascido
Mas o esvoaçante sorriso de um recem-morrido
E vivi ao contrário, além do meu tempo, fui amadurecendo criança.
Pude ver a juventude mais velha que os anos em mim juntados
Enquanto eu adolescia na doçura da idade que nada me dizia
Não desejei aprender do pecado seus mitos, porque desaprendi sendo pura
E cresci ao contrário, tendo na tez a delicadeza da branca rosa
Espelho da minha alma fluorescente que tomei emprestada das pombas.
Nunca amei errado nem do ódio me servi
Posto que meu amar bendito É,
Mesmo que para o mundo seja pecado.
Quando da mortalha for despida, sobre o manto das rosas brancas
Certeza que tenho, estarei vivendo criança, porque morrerei ao contrário.
Cássia Da Rovare
DO FIM AO COMEÇO---***
Vou fazendo o caminho dos contrários
Corro no sentido anti-horário de mim
Teias enredadas daquilo que ainda não vivi
Porque viver é loucura, desde o fim ao começo.
Certeza que tenho ter nascido velha num tempo que desconheço
Andei a frente desta voracidade determinante,
Porque quando lancei ao mundo meu primeiro suspiro
Já era do martírio agonizante, de quem nasce errante.
Não havia na tez a delicadeza de um recém-nascido
Mas o esvoaçante sorriso de um recem-morrido
E vivi ao contrário, além do meu tempo, fui amadurecendo criança.
Pude ver a juventude mais velha que os anos em mim juntados
Enquanto eu adolescia na doçura da idade que nada me dizia
Não desejei aprender do pecado seus mitos, porque desaprendi sendo pura
E cresci ao contrário, tendo na tez a delicadeza da branca rosa
Espelho da minha alma fluorescente que tomei emprestada das pombas.
Nunca amei errado nem do ódio me servi
Posto que meu amar bendito É,
Mesmo que para o mundo seja pecado.
Quando da mortalha for despida, sobre o manto das rosas brancas
Certeza que tenho, estarei vivendo criança, porque morrerei ao contrário.
Cássia Da Rovare