Pequeno dito...

Bom-dia!... O céu costuma vir tão cedo... Que desperta até as mudinhas de gatos...
Uma noite de pensamento... Não! Nada de tormento...Solidão... Ou coisas em nívens devastadores da alma... Uma noite-estrada.
As estrelas mudam de lugar... Diz a canção... Chegam tão perto que parecem compor um colar de diamantes... Se ficassem no pescoço, é claro!
Ainda nem sei que rumo isso tomará... O texto, certamente. Porque a noite, já passou faz tempo.
Aqui, a sinfonia acorda o mundo... Tantos e tantos passarinhos circulando os nossos calcanhares.
Bem que vejo as folhas caindo... Não há outra forma de trocar de roupa... As árvores ficam nuas, em determinada época do ano... Desnudo, então, a alma que vaza em versos.
Quero ver o sorriso estampado no rosto de quem amo... É tão pouco... Tão poucos planos.
Olhei a rua... Parecia que as esquinas estavam paralelas... Formando caminhos, nelas próprias... Mesma sensação de horizonte... Amplio o meu com as lembranças que guardo...
Hoje, o dia amanheceu mais cedo... Estava afoito... Correndo riscos... Desenhando alguns arabescos de sentidos...
Ah! As conchas e seus formatos... Parece que a natureza se exibe com tamanho espetáculo... Acolchoo-me com as pétalas oferecidas pelo destino...
Ainda não sei o que me aguarda na esquina... Mas, o silêncio diz-me o que a memória contém...
Seguro a tua mão com uma força tamanha...
(
Porque a vida só se vive uma vez... Cada uma, é claro! Ou várias em uma só... Ainda não sei!!)


06: 45

Imagem: Josué Rodrigues Gomes (Rascunhomusical)