O mundo começa a girar
Saquei minhas armas,
fui-me naquela nau,
sob os ventos,
tracejando-me nos horizontes matutinos,
co'as armas em punho,
co'o coração nas medidas.
Saquei minhas armas...
E o espetáculo já era findo,
e sobrei,
mais sobrante do que nunca,
sem batalhas,
sem inimigos,
sem uma sombra de duvida ou certeza.
Saquei minhas armas,
invadi os territórios alheios,
fiz a guerra,
viabilizei essa destruição...
Mas a terra tremeu,
e tudo veio abaixo,
e os mares se ergueram,
e o colapso me alcançou...
Perdi uma das armas.
Só me resta a fuga,
pois já se diz nesse meu nordeste tão seco:
preferir correr a ¨dar dois tiros e uma cerreira¨.
E agora o cenário é dúbio.
Duas guerras.
Duas execuções.
E quem será mais cruel:
o imperialismo em seus resquícios nas fronteiras ou
o império natural que ressurge nos centros das atenções?