Dilema

Hoje aconteceu novamente. Não tenho as repostas para essas reações, não existem razões aparente. É como um resfriado mal curado que ao soprar da primeira brisa volta ainda mais forte diante de um corpo já debilitado...

Assim, alheia a minha vontade sua lembrança entra latejante em meus pensamentos e por ali fica, faz sua morada, e eu sem nenhuma reação, aceito, curvo-me diante da tua espectral presença, como a cultuar algo divino, oferecendo o meu melhor.

Passo horas rememorando cada instante, cada beijo, cada lugar... No auge dos meus delírios, por vezes, chego sentir minha mão entrelaçada à tua, aperto-a, e então, assim como água escapa-me entre os dedos, fugidia, fluida...

Concomitante a tudo isso a minha razão, pobre, jogada em tão estreito beco, apertada, numa luta desesperada para me convencer que você navega outros mares.

Em meu coração, de mãos dadas seguem a esperança e você. Um dilema persiste, a esperança é a última que morre, é o que dizem, e você será eterna no meu coração... Passivo, assisto e acho bonito... Até quando? - resmunga a razão.

Dalfré
Enviado por Dalfré em 09/03/2010
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