Dilema
Hoje aconteceu novamente. Não tenho as repostas para essas reações, não existem razões aparente. É como um resfriado mal curado que ao soprar da primeira brisa volta ainda mais forte diante de um corpo já debilitado...
Assim, alheia a minha vontade sua lembrança entra latejante em meus pensamentos e por ali fica, faz sua morada, e eu sem nenhuma reação, aceito, curvo-me diante da tua espectral presença, como a cultuar algo divino, oferecendo o meu melhor.
Passo horas rememorando cada instante, cada beijo, cada lugar... No auge dos meus delírios, por vezes, chego sentir minha mão entrelaçada à tua, aperto-a, e então, assim como água escapa-me entre os dedos, fugidia, fluida...
Concomitante a tudo isso a minha razão, pobre, jogada em tão estreito beco, apertada, numa luta desesperada para me convencer que você navega outros mares.
Em meu coração, de mãos dadas seguem a esperança e você. Um dilema persiste, a esperança é a última que morre, é o que dizem, e você será eterna no meu coração... Passivo, assisto e acho bonito... Até quando? - resmunga a razão.