DE OLHOS FECHADOS...
COMPOSTOS DA MINHA LUCIDEZ,
NA ÉTICA EMBEVECIDA DO TEU SER.
ADENTRANDO O TEU FAZER,
CACOS ESPALHADOS DO MEU CÉREBRO.
REVELADOS NO TEU AGORA,
OS SUBSTANTIVOS DO MEU SABER.
OBJETIVADOS NA MINHA VERVE,
OS SINÔNIMOS DO TEU QUERER.
ANTAGONIZADOS NA TUA URGÊNCIA,
O PULSAR ALEATÓRIO DO MEU VÔO.
DILACERAM-SE OS CORPOS...
BORBOLETEIAM-SE AS MENTES!
A QUEDA NO NOSSO ABISMO É LENTA, É VERTICAL...
É PURA GRAVIDADE, É LINHA HORIZONTAL!
RODOPIAMOS?
NÃO HÁ OLHOS PARA ABRIR!
ALFINETA-TE AS PUPILAS,
O FERVOR DOS NÉCTARES
QUE JORRAM!
SE INSINUAM, SONOROS
NAS PAREDES DERRETIDAS...
E... QUANDO ABRES OS OLHOS,
NÃO PERCEBES A AREIA VERTENDO LUZ
ENTÃO, NO AQUI-AGORA...
ESPIO E ACOLHO O TEU SONHAR!