Quão bela é a vida!
A vida, sentida pelos seis sentidos...
Realmente... Faz sentido diferente.
Não temos mais do que o merecido.
Ainda assim, o sol nasce para gente.
O sol nasce para todos os viventes.
Porém, nascem árvores frondosas
Também, nos oásis mais quentes.
Veja como a natureza é bondosa,
Apenas no meu modesto canteiro
posso ver o meu mundo inteiro.
Vejo o universo numa gota de orvalho,
ou simplesmente numa semente.
Para ser feliz não necessito de atalho,
pois, sem motivo, vivo contente.
O universo dá-me por encanto
Um sentimento lastro e infanto
a se encher de espanto ao ouvir
o meu pobre e desafinado canto
à um canoro dentro de um viveiro.
Porém, livre do laço do passarinheiro.
Fazendo-me de um distraído,
porém, revestido de recatado
sentido. Verdadeiro e santo.
E o meu planto fica enterrado
num canto ao lado, fertilizado
de um enorme amor sem fim.
No afofado canteiro pronto,
vou plantar você só para mim.
É apenas a força da expressão,
pois, você já vive no meu coração.
Lá deixo afogadas as mágoas
em lágrimas desaguadas,
e transformadas em amores
ao colorido de minhas flores.
Inebriado em seus odores
a Deus elevo os louvores
por vislumbrar um paraíso
de lírios e odoríficos pendores,
onustos dos mais finos sabores.
Você pode ser feliz, SIM!
Como o poema mesmo diz:
Faça da sua vida, querida
matriz, esquecendo as feridas
matizadas em suas filhas-filiais
sem sofrer por querer enxergar
além do seu próprio nariz.
Creia, não precisa ver mais.
Você, nunca vai ver o FIM!
A terra fofa também cheira
aproximando o meu próximo,
desta morada derradeira.
Igual ao bruto diamente
a ser tratado à brilhante.
Não me importo posto que tosco,
ou refinado, faço o que posso,
nas ilusões de um plano fosco.
Quero ser feliz sem egoísmo,
e pela felicidade do meu próximo.
Restar-me-á esse heroísmo
sem depender de destino
se o meu próximo for próspero
tal qual a inocência de menino.
Você pode viver eternamente, porém, jamais verá todas as belezas da vida...