Retrato deste poeta interior
Quase acho a paz...
Quase.
Nas ruas ermas,
junto às pedrinhas,
olhando-as atentamente,
co'o coração dilacerado,
co'a vida amargurada,
tentei encontrar o que me falta,
e consegui,
não consegui,
alternei-me entre o bem e o mal...
Mas não deu.
Foi inútil.
Minhas reminiscências,
de tão secas,
de tão peculiares,
de tão lembradas,
acabaram por me afogar nesse mar de solidão.
E estive mais certo do meu estado natural.
E estou mais certo da minha jornada.
E sigo mais consciente,
ciente da mesma filosofia que me mantém:
DENTRE AS MAIS HUMANAS AMIZADES, O CIGARRO FOI MAIS COMPANHEIRO, A SOLIDÃO MAIS AMIGA E A VIDA MENOS HUMANA.