Retrato deste poeta interior

Quase acho a paz...

Quase.

Nas ruas ermas,

junto às pedrinhas,

olhando-as atentamente,

co'o coração dilacerado,

co'a vida amargurada,

tentei encontrar o que me falta,

e consegui,

não consegui,

alternei-me entre o bem e o mal...

Mas não deu.

Foi inútil.

Minhas reminiscências,

de tão secas,

de tão peculiares,

de tão lembradas,

acabaram por me afogar nesse mar de solidão.

E estive mais certo do meu estado natural.

E estou mais certo da minha jornada.

E sigo mais consciente,

ciente da mesma filosofia que me mantém:

DENTRE AS MAIS HUMANAS AMIZADES, O CIGARRO FOI MAIS COMPANHEIRO, A SOLIDÃO MAIS AMIGA E A VIDA MENOS HUMANA.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 08/03/2010
Código do texto: T2126897
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