MAÇONARIA: "PEDRA POLIDA"
“Texto dedicado ao Irmão Leonardo Martins ,exaltado ao Grau 33, em junho de 2006, incansável lutador pela preservação da Ordem Maçônica no Brasil, Deputado Federal e Honorário Venerável da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Mounth Moriah, nº 3327, do Rito Escocês Antigo e Aceito, filiada ao Grande Oriente do Brasil.”
Esculpi a pedra bruta,
esculpi-a
feito madeira,
trabalhei
de ponta a ponta,
usando o malho e o cinzel,
planejei e edifiquei
como operário,
obreiro, solitário...
e feito menestrel
consegui o aumento de salário.
Esculpi a vida
e esculpi o mundo.
Fui estilhaçando lascas
ferpas
e letrinhas minúsculas.
Tudo foi muito rápido,
minha vida inteira
e mais três mil anos de história
atravessados num segundo.
Fui seguindo o ritual
passo a passo , tolerante...
soletrei as primeiras sílabas,
confiante,
despido de dogmas,
semi-nú,
tornei-me um igual:
cobriram-me os deuses
com um singelo avental.
Usei a régua e o compasso
e medi os passos,
de grau em grau...
Escalei a longa “Escada de Jacó”
sem balaústres ou rastros,
degrau por degrau!
O inseparável “Livro da Lei”,
esculpi-o em versos
sem rimas
ou patifaria.
Fui aprendiz, iniciado,
companheiro, cabalístico, cristão
e mago da família,
fui o primeiro a transpor a magia dos velhos mestres:
__aperfeiçoei-me na maçonaria.
Esculpi a pedra bruta,
esculpi a mim mesmo,
e germinei minha alma,
feito um poema
que nasce palavra,
linha, verso... pequenino!
E como substância
na mágica de um menino:
cresce justo e perfeito
entre as rimas do tempo
e a coragem do peito.
Tirei de dentro de mim
lascas
como se afinasse
um tronco
ou apontasse-me,
lápiz!
Fragmentos madeira bruta,
magnetismo e vergonha na cara.
Como se afinasse
um violino
idealizando uma sinfonia rara.
Esculpi a pedra bruta,
despi-me da fama profana,
títulos e gravura.
Adentrei-me completamente ao templo de Salomão...
onde o ouro,
a riqueza e a formosura
destroem-se sob o brilho do sol do meio dia.
Onde a cruz, a âncora, o cálice
e o raio de luz do “olho que tudo vê”,
tornam a sombra da noite mais fria.
Sou criador
e criatura
um eterno aprendiz
desbravando o místico,
o pacto e a filosofia.
Do onipotente Venerável, adquiri o espírito.
Do onipresente São João, banhei-me de amor...
Aperfeiçoei
meu ego
ouvindo as palavras de sabedoria
decifradas pelo poeta Mestre
Irmão Orador.
Indizíveis
verdades
retocadas pela Força e Beleza
palavras vigilantes
do primeiro e segundo Irmão.
O Grande Arquiteto do Universo
Ilumina meus caminhos,
enriquece-me em prosa e verso
completa-me com os 33 segredos
e a comunhão...
Brilham-me os espasmos,
ilusão dos cegos,
esculpindo-me à perfeição!
Esculpi a pedra bruta
e ...desbastei-a em sua plenitude:
Pura Pedra polida,
sabedoria máxima da vida.
Ao silencioso
infinito momento da morte,
aos deuses e à transformação,
aos cavaleiros templários e à minha sorte,
ao meu augusto mestre: o rei Salomão,
respiro o mistério e o inusitado segredo
da pura pedra polida,
emoldurada e
viva em meu coração.
E em busca "del gran final":
__manchas de sangue do incansável maçon!
Wildon Lopes
20/05/2006
“Texto dedicado ao Irmão Leonardo Martins ,exaltado ao Grau 33, em junho de 2006, incansável lutador pela preservação da Ordem Maçônica no Brasil, Deputado Federal e Honorário Venerável da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Mounth Moriah, nº 3327, do Rito Escocês Antigo e Aceito, filiada ao Grande Oriente do Brasil.”
Esculpi a pedra bruta,
esculpi-a
feito madeira,
trabalhei
de ponta a ponta,
usando o malho e o cinzel,
planejei e edifiquei
como operário,
obreiro, solitário...
e feito menestrel
consegui o aumento de salário.
Esculpi a vida
e esculpi o mundo.
Fui estilhaçando lascas
ferpas
e letrinhas minúsculas.
Tudo foi muito rápido,
minha vida inteira
e mais três mil anos de história
atravessados num segundo.
Fui seguindo o ritual
passo a passo , tolerante...
soletrei as primeiras sílabas,
confiante,
despido de dogmas,
semi-nú,
tornei-me um igual:
cobriram-me os deuses
com um singelo avental.
Usei a régua e o compasso
e medi os passos,
de grau em grau...
Escalei a longa “Escada de Jacó”
sem balaústres ou rastros,
degrau por degrau!
O inseparável “Livro da Lei”,
esculpi-o em versos
sem rimas
ou patifaria.
Fui aprendiz, iniciado,
companheiro, cabalístico, cristão
e mago da família,
fui o primeiro a transpor a magia dos velhos mestres:
__aperfeiçoei-me na maçonaria.
Esculpi a pedra bruta,
esculpi a mim mesmo,
e germinei minha alma,
feito um poema
que nasce palavra,
linha, verso... pequenino!
E como substância
na mágica de um menino:
cresce justo e perfeito
entre as rimas do tempo
e a coragem do peito.
Tirei de dentro de mim
lascas
como se afinasse
um tronco
ou apontasse-me,
lápiz!
Fragmentos madeira bruta,
magnetismo e vergonha na cara.
Como se afinasse
um violino
idealizando uma sinfonia rara.
Esculpi a pedra bruta,
despi-me da fama profana,
títulos e gravura.
Adentrei-me completamente ao templo de Salomão...
onde o ouro,
a riqueza e a formosura
destroem-se sob o brilho do sol do meio dia.
Onde a cruz, a âncora, o cálice
e o raio de luz do “olho que tudo vê”,
tornam a sombra da noite mais fria.
Sou criador
e criatura
um eterno aprendiz
desbravando o místico,
o pacto e a filosofia.
Do onipotente Venerável, adquiri o espírito.
Do onipresente São João, banhei-me de amor...
Aperfeiçoei
meu ego
ouvindo as palavras de sabedoria
decifradas pelo poeta Mestre
Irmão Orador.
Indizíveis
verdades
retocadas pela Força e Beleza
palavras vigilantes
do primeiro e segundo Irmão.
O Grande Arquiteto do Universo
Ilumina meus caminhos,
enriquece-me em prosa e verso
completa-me com os 33 segredos
e a comunhão...
Brilham-me os espasmos,
ilusão dos cegos,
esculpindo-me à perfeição!
Esculpi a pedra bruta
e ...desbastei-a em sua plenitude:
Pura Pedra polida,
sabedoria máxima da vida.
Ao silencioso
infinito momento da morte,
aos deuses e à transformação,
aos cavaleiros templários e à minha sorte,
ao meu augusto mestre: o rei Salomão,
respiro o mistério e o inusitado segredo
da pura pedra polida,
emoldurada e
viva em meu coração.
E em busca "del gran final":
__manchas de sangue do incansável maçon!
Wildon Lopes
20/05/2006