É o principio do fim...Sonho?
Ou Pesadelo? Conclua você!


"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora a fazer um novo fim !"
(Chico Xavier)




Tenho alucinações negras
Tais adagas terríveis
Atravessam esses minúsculos espelhos
São assombros e desmoronamentos
Impressiona-me essa agonia do sol!
Onde tudo se retrata e se reproduz nitidamente
Observo tudo em silencio...
Como se num sonho
Arrebatada fosse
Maldita e singular fantasia!
Queria estar num país de eterna paz!
Num lugar coberto de flores...
Mas o que vejo são apenas mortalhas...
Num corrosivo frio
Numa anestesiada insensibilidade
Os infelizes apenas passam...
Nem percebem que é o principio do fim!
E com golpes penetrantes
Apenas arrancam e enterram as suas raízes!
Parece um sonho!
Mas é um pesadelo!
Invoco aos deuses...
Que enviam então num derradeiro beijo
Uma aliança de paz,
Mas a voz é muda...
Ninguém ouve...
Ocupados com suas vidas medíocres...
Com suas ganâncias...
E a treva então ocupa o firmamento
A via Láctea não mais existe
A lua cheia não mais brilha!
Maldita é para todo o sempre a luz do sol escaldante!
Maremotos...
Terremotos...
Tufões...
Catástrofes e mazelas de toda espécie...
Incontáveis pragas...
Destruições sem fim...
Aquecem a luz em ziguezagues mortos
E a humanidade chora
Os seus amores todos mortos!

(Serpente Angel)



Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra?
Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água, como então podes comprá-los?

((Cacique Seattle))




As Profecias
Raul Seixas
Composição: Raul Seixas / Paulo Coelho

Tem dias que a gente se sente
Um pouco, talvez, menos gente
Um dia daqueles sem graça
De chuva cair na vidraça
Um dia qualquer sem pensar
Sentindo o futuro no ar
O ar, carregado sutil
Um dia de maio ou abril
Sem qualquer amigo do lado
Sozinho em silêncio calado
Com uma pergunta na alma
Por que nessa tarde tão calma
O tempo parece parado?
Está em qualquer profecia
Dos sábios que viram o futuro,
Dos loucos que escrevem no muro.
Das teias do sonho remoto
Estouro, explosão, maremoto.
A chama da guerra acesa,
A fome sentada na mesa.
O copo com álcool no bar,
O anjo surgindo no mar.
Os selos de fogo, o eclipse,
Os símbolos do apocalipse.
Os séculos de Nostradamus,
A fuga geral dos ciganos.
Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia.
Um gosto azedo na boca,
A moça que sonha, a louca.
O homem que quer mas se esquece,
O mundo dá ou do desce.
Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia.
Sem fogo, sem sangue, sem ás
O mundo dos nossos ancestrais.
Acaba sem guerra mortais
Sem glorias de Mártir ferido
Sem um estrondo, mas com um gemido.
Os selos de fogo, o eclipse
Os símbolo do apocalipse
A fuga geral do ciganos
Os séculos de Nostradamus.
Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia (3x)
Um dia...
Sim, sim, sim...



Tudo quanto fere a terra - fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.
De uma coisa sabemos. A terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.

((Trecho da carta que o cacique Seattle teria mandado ao presidente norte-americano Franklin Pierce, em 1854))



Nota: Em 1854, o presidente dos Estados Unidos propôs comprar uma grande área de terra dos índios peles-vermelhas, prometendo uma reserva para que nela eles pudessem viver. A resposta do Cacique Seattle é tida como uma profunda declaração de amor ao Meio Ambiente, brotada do coração puro e simples de um índio cheio de reconhecimento à Natureza por tudo de bom que ela dá ao homem. Um exemplo de amor, que cada um de nós deveria espelhar-se...