E ela vem !

É bem vinda?

É?

Não é?

Que seja...

Abriram-se as portas do universo,

abriu-se a boca dos imbecís,

cederam-se as resistências,

e tudo acaba,

e tudo acabou.

Vem, morte.

Teus terremotos,

tuas enchentes,

teu sopro mefisto e tão vivo, agora é bem vindo entre nós,

e cada vez mais peculiar.

Caímos? Sim, caímos. E vamos cair cada vez mais, sem possibilidades

de pensar em pessimismo ou predestinações...

Ressucitas?

Reencarnas?

Desfragmentas-te?

...ela vem, a galopes largos, apregoando a sentença

a todos, iluminados, encardidos ou simplesmente idiotas !

E ela vem,

toda dama,

toda amante das vidas...

E sabe seduzir,

e sabe suprimir,

e sabe existir.

É bem vinda graças a nós,

graças aos nossos pontos finais tão repetidos,

graças aos nossos trejeitos tão humanos.

E ela existe,

muito mais agora,

muito mais do que nós.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 01/03/2010
Código do texto: T2113848
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