E ela vem !
É bem vinda?
É?
Não é?
Que seja...
Abriram-se as portas do universo,
abriu-se a boca dos imbecís,
cederam-se as resistências,
e tudo acaba,
e tudo acabou.
Vem, morte.
Teus terremotos,
tuas enchentes,
teu sopro mefisto e tão vivo, agora é bem vindo entre nós,
e cada vez mais peculiar.
Caímos? Sim, caímos. E vamos cair cada vez mais, sem possibilidades
de pensar em pessimismo ou predestinações...
Ressucitas?
Reencarnas?
Desfragmentas-te?
...ela vem, a galopes largos, apregoando a sentença
a todos, iluminados, encardidos ou simplesmente idiotas !
E ela vem,
toda dama,
toda amante das vidas...
E sabe seduzir,
e sabe suprimir,
e sabe existir.
É bem vinda graças a nós,
graças aos nossos pontos finais tão repetidos,
graças aos nossos trejeitos tão humanos.
E ela existe,
muito mais agora,
muito mais do que nós.