[Incompletude]
Fiquei. Trago
na face limpa
essa máscara
de cal... virgem.
E sei:
de nada adianta
a lástima inútil
de quem não foi!
A mente não perdoa,
e esta conexão tem nome:
perda, sim perda!
Passa...
tudo passa por mim;
passou a vida;
passou pelo meu olhar
a rosa na madrugada,
e não a levei
para você...
Temor de colher,
temor de ser
apanhado num ato.
É sempre assim:
esse temor do
instante...
Fugitivo, eu?!
Desconexão aqui;
mas que importa,
ficou, fica sempre,
essa máscara branca,
de cal... cal virgem
a queimar, sem despegar
da cara subjacente.
Minha cara subjaz,
esse é o problema!
Eu tenho, ante o degrau
do instante, a máscara!
Viva!!!... afinal,
dei com a questão;
é só comemorar!
[Penas do Desterro, 01 de março de 2010]