DILUÍDA
Em espaços dissolvidos coloco-me nua
Estou aqui diluída, sob o chuveiro, sob a lua
Imagem desse imaginar
Sentido do olhar
Um palpitar sereno
Quase ameno, numa linguagem diminuta
O poder deixa-me vívida
Contemplando a parede...
Na conversa com os véus encontro a tinta presa
Passos que já dei
Impulsionando sem medir
Contra o contra tempo
Dividida nesta hora
Clamor, impõe com seu mastro
Vida, não deixa seu rastro?
Céus, ao homem reclama
Véus, torturam a chama!
Julia Rocha 25/02/2010