Um dia...

Chove com a certeza de um dia encantado... Nada tão doce... Nem nada listrado...
Um dia como outro... Alimentado pelas bocas... Pelas pernas... Pela balança.
Algumas coisas não explicadas, ainda... Um frasco seleto... Algo escondido para ser degustado aos goles... Cada gota de suor, que escorre pela testa... Pela nuca... Um dia de chuva!
O céu agradece com estrondos... Gemidos surdos... Ecos de um lampejo da história mais bonita.
Cumprir o dia... Ser viajante em si mesmo... Cobrir a própria face com beijos...
Ecorregar as vestes... Lamber o tempo com ares de nostalgia... Predicar o futuro... Salvaguardar-se com as palmas que seguram os contornos... Os rascunhos de uma silhueta em seda... Alva intensidade.
O dia nasceu... O giro... Apenas mais um?... Eu diria, único! Perfeição!
Ainda molha em gotas de pétalas... O Universo conspira em desalinhada camisa... Que não mais acoberta...
Ainda, uma longa jornada...

18:45