Tudo ou Nada
A palavra diz: Eu sou!
De imediato penso: o que? (...) – tal sujeito, tal predicado.
A palavra me diz: sim!
De imediato penso porque não? – ou será que tem alguma coisa entre as polaridades?
A palavra diz: belo!
De imediato penso: e se eu bater até empenar? – ser belo se exclui as chances de ser feio?
A palavra diz: contradição.
De imediato penso: ãh? – aí me vem o juízo: Ah danada! fala bonito mas não vive o que diz.
Daí não digo nada. Ela não me deixa.
Só me resta resposta, só me resta re-ação.
Quando é que tenho ação?
Fico sempre nessa, sujeito a todas as intempéries da verdade
que entre aspas não responde por seus atos.
Palavras!
Preciso delas,
Pra dizer o quanto elas são nada.