A última batalha!

Levanto-me com o corpo ainda dolorido da batalha passada...

As feridas ainda doem, algumas até sangram;

Mas preciso fingir não ser nada...

As cicatrizes, estão cada dia crescendo;

As marcas dos confrontos, pouco a pouco vão aparecendo...

Dias de luta, dias de dor, dias de vitória, dias de furor...

A brisa quase não sopra, só o Sol arde na carne, as feridas ardem ainda mais com o suor ...

As vistas estão se escurendo, os movimentos do corpo, elas já não mais acompanham;

A dor no pés e nas pernas, empedem de avançar os passos;

A glória das vitórias, se misturão junto a descepção dos fracassos...

Eles sorriem, enquanto eu me deito na lama, eles brindam, enquanto minha queda em sangue se banha....

Eu tento me levantar, mas minhas mãos já não conseguem;

Eu tento empunhar a espada, mas ela própria me fere!

Sinto uma lágrima escorrer por meu rosto, em meio ao suor ela se mistura;

Para que chorar, se as feridas estão num estágio, que já existe mais cura?

Ajoelho-me e olho aos céus, agradeço o dom da vida!

Agradeço por ter conhecido pessoas que jamais por mim serão esquecidas...

Sinterei saudades delas, de quem esteve ao meu lado sempre me apoiando, de quem eu amo, e sempre seguirei amando...

Ah, aquele anjo louro da pele branca e macia...

Aqueles olhos lindos, que toda a dor distancia...

Meus olhos já não mais enxergam, minha fala já não mais pronuncia...

Escrevo aqui minhas últimas palavras, infelizmente não consegui vencer esta última batalha, e o porque, eu também não sei...

Mas juro do fundo da minha alma, com toda a fé que no meu coração existia, que com todas as minhas forças, eu ainda tentei...

Dener Navarro
Enviado por Dener Navarro em 22/02/2010
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