Canonizada Hipocondria
Bate à parede do umbigo, a água suja
O liquor raquidiano que o ano devora, o gosto de urina
E vê a lâmpada da mente respirar;
Não restam foices com flertes insensíveis
Sobram apenas lágrimas de alhos
Choradas por robalos, ao pé da santidade
Pessoa de idade;
Mil perdões aos encíclicos hipócritas
Em suas criptas de mármore que a talha banha;
Limbos decapitados à forteza das imagens
Fora de contexto, o mitocôndrio faltante aborta
E mata a energia pelo abscesso da canonização.