Ode à Memória

Memorial

Perímetro de terras clóricas

Que o afã mastiga lesamente;

Aos banhos de cereja

Sai da toca o josé-mole

Desfilando tintas de cores e aromas;

Vale dos ensangüentados amores

Períneo rodeado por reações acadêmicas

Mores didáticas que o corpo cavouca

E acha debaixo da matriz erguida, a indulgência;

Pelas sombras da gentama

Envelhecidas em barris de pérola

Ergue-se o mártir, rompendo sonhos;

Doninhas penetrantes na oca do padre, charqueiam

Metem as patas e as mãos colhidas de crisântemo

No demodê da história, munificente renque a aludir

A interpretar tramas no ninho da infância

E a requerer lojas de antipáticas sogras

A relembrar.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 05/08/2006
Código do texto: T210046
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