Ilusão Transfigurada
Ventania de outono,
Folhas caídas no chão,
Brisa úmida a
Acariciar-me o rosto,
Sonhos diluídos
Por densa emoção.
Vento que sopra
As folhas secas
Espalhadas ao relento,
Devaneios encarapuçados
Pelo vento
Que trazem recordações
De gestos alienados
Consumidos ao longo do tempo.
Corações impedernidos
Por sensações dissociadas
Em meteorologia brumosa
Que sintomatizam os sentidos
Numa alegoria alienada...
Corações soluçantes
Pela saudade estampada
No clima da estação,
Sentimentos e adereços inebriantes
Que se vinculam saudosamente
No íntimo perfumado
Por reminiscências transfiguradas pela ilusão.