NA PRAÇA DA IMAGINAÇÃO ...

Pensando sobre o sentido das coisas, a imaginação estacionou na praça das recordações e, passeando como quem nada quer, vi a mim mesmo diante da vitrina do tempo: Lembranças que pareciam esquecidas, adormecidas, latentes no tempo e no espaço...

Um pouco adiante, o espaço reservado às atividades... Vagarosamente revi cenas de quando parecia monótono estudar, ler (literatura edificante), escrever (com letra ruim)... Engraçado: Agora tem sido prazeroso...

Mas, tudo isso encerrava um dilema: Sentia ser necessário, independente de opções... Como construir um mundo melhor sem auto-aperfeiçoamento??? Como sonhar com um futuro melhor sem estudar, ler, escrever???

Foi assim que desde criança comecei a fazer essas coisas, independente de achar essencial como hoje... E, por incrível que pareça estava tudo armazenado na memória... E eu nem lembrava mais...

Quanta coisa deixa de ser feito, por uma sociedade menos desumana?

Quanta gente frustrada por achar que os sonhos se perderam nos labirintos do passado?

Quantas vezes pensamos haver chegado ao final da linha por não conseguirmos vislumbrar a praça da imaginação?

Certamente existe, no íntimo de cada um, lembranças, sonhos, planos semi esquecidos, lembranças que parecem perdidas nos caminhos do passado, propósitos que parecem deletados...

Contudo, um pouco de reflexão nos conduzirá aos recantos mais íntimos da mente... O lugar ideal pra rever o que fomos em etapas anteriores... Quem sabe isso nos dê ânimo para prosseguir...

Recordar não seria errado. DEUS afirma isso quando, através do profeta Jeremias, nos diz:

QUERO TRAZER À MEMÓRIA O QUE ME PODE DAR ESPERANÇA (Lamentações 3:21).

O problema acontece se, passearmos pelas ruas da imaginação (querendo) transformar o passado em presente ou trazer o futuro pro passado...