As vezes de noite
A lua me sorri com ar generoso, me cede claros momentos que minha sensatez ousa deferir. As vezes de noite, pinto arco-íris que se colorem distantes e não há entendimento para se buscar nas linhas que colorem um céu que se vê marcado por um ton de dor.
Entretanto muito se passou e esses primeiro momentos que se ousam, se enfraquecem, desesperam-se e se vão.
Pelo vão do mundo.
E tantas noites chegaram, uma lágrima aqui, outra ali, uma dor errante, pulsante, uma solidão aqui e acolá, mas o pulsar sempre firme a aguentar.
As vezes de noite, as dores vazam...
E sensações de estranhamentos apetecem surgir, estranhamentos que aliviam, mas também que doem,que suportam, que desesperam, estranhamentos que refazem asas, juntadas, quebradas, colodas querendo um novo vôo, querendo reconstruir o ninho.
As vezes de noite, um sonho basta, mas as vezes de noite tudo o que eu desejaria
era chegar ver logo o dia...