O acaso obstinado
Eram folguedos risonhoshoras mansas em tempo de paz
em perfumes suaves , doces paisagens
de uma tarde um tanto fugaz,
num passeio sem medo...um "relax "
foi então que encontrou aquele belo rapaz.
Em primeiro instinto tentou desviar-se
-básica preservação
mas um outro instinto veio aviltar-se.
Foi então que sem muito cuidar-se
ela disse: - pois não
Era uma tarde agradável em tempos de paz.
Olhou bem de frente aquele belo rapaz,
pressentiu que não seria capaz
mas não quis prender -se a preceitos,
pensamentos covardes , diluídos num ato audaz.
Foi por instinto , o acaso ou o que não ousa dizer.
Não pediu documentos , cic, rg ;o que se há de fazer?
Em ventura de gozo e tormento,
de verdade a mentira ,agonias , injúrias
muita coisa rolou em muitos momentos.
Era ele um homem audaz , um público rapaz
com muitos poréns e vários senões...
Vindo de outras batalhas com alguns arranhões.
Alegrias e lutas , escoriações
críticas, censuras , silêncios profundos
geraram elongações .
Caminhou ela então em campo minado
em tempos de guerra ,
procurou reforços , se armou em ciladas,
fez valas eternas ...
Metralhou emoções , perdeu o "relax "
rolou morro abaixo ,mudou posições.
Restaram alguns bons sentimentos
entre perdas severas d'algumas quimeras,
num tempo dificil montando monções.
Feridas da escola da vida..
formaram elucubrações.
Elaboradas com muito trabalho,
depuradas em belo e grosso diário,
sem julgamentos ou condenações.
Ficaram alguns espaços , vazios obtusos
estranhas ações que seguem sem rumo...
Obituários e obstinações...
(2002)