Estranho

Tudo surge e acontece...

Num só momento,

dum só vento,

aquecido,

tépido,

estranho.

Vem a calma,

desarmando meus gênios,

aplacando minh'alma,

transgênica,

estranha.

Tudo ocorre,

e corre,

e morre,

e desobedece meus instintos.

A mais pura introspecção não passa de momento vil, sem frutos,

sem margens, sem nada.

Que ser idiota o que me reveste.

Que coisa mais estranha o poeta que sou.

E se ouço aplausos,

e se marco os passos,

e se tomo banho de mar à meia-noite

(?)

É estranho?

Não aprendi a ser um perdedor,

mas reconheço que às vezes perco.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 18/02/2010
Reeditado em 15/02/2016
Código do texto: T2093561
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