Estranho
Tudo surge e acontece...
Num só momento,
dum só vento,
aquecido,
tépido,
estranho.
Vem a calma,
desarmando meus gênios,
aplacando minh'alma,
transgênica,
estranha.
Tudo ocorre,
e corre,
e morre,
e desobedece meus instintos.
A mais pura introspecção não passa de momento vil, sem frutos,
sem margens, sem nada.
Que ser idiota o que me reveste.
Que coisa mais estranha o poeta que sou.
E se ouço aplausos,
e se marco os passos,
e se tomo banho de mar à meia-noite
(?)
É estranho?
Não aprendi a ser um perdedor,
mas reconheço que às vezes perco.