É só o fim...
Era bem noite...
Quando a era apocalíptica
Agitou-se na cripta
E balançou o rumo dos incertos.
Estávamos ébrios...
Quando os sinos anunciaram
O colapso do tempo
Com a parada cardíaca do planeta.
E cegos permanecemos...
Agarrados as ruínas de nós mesmos
Presos á crença do fetiche
De que era apenas o recomeço.
Acabou... Chegou ao fim!
Não resta estória pra contar
Até as lembranças se foram
Como a fumaça no ar.
Agora é muito tarde...
De nada adiantará o lamentar...
A vida já se dissolveu no caos.
E esse eclipse anuncia o fim... Enfim
De uma geração...
Que deturpou a verdadeira história.
Criando a personagem da destruição
Que nos valeu como Deus... Santo...
O todo poderoso que nos amou... E...
Devorou sua prole para alimentar
A grande mentira do universo.
Então, nossos pecados serão perdoados?
Por quem?
Olhe para fora de sua janela...
E veja de perto o reflexo desses pecados
Todos perdoados... Corrompendo a “Ordem”
Onde está o perdão mesmo?
Será que está na consciência
Que deforma as feições da realidade?
Se fez tarde para voltar atrás...
Fez-se noite para poder enxergar.
E fomos nós, que juntos criamos todo o mal
E até lhe demos um nome.
E agora tentamos negá-lo.
Pouco tarde...
Nós o alimentamos todos os dias
Com a multiplicação não do pão
Mas do inverso dos mandamentos
Com o avesso dos sentimentos
Com a negra energia do “Pecado”
Nossa história nunca foi feita de “Glórias”
Mas sim de horrores...
Ódio, rancores...
E você ainda acha que é bom, que irá para o céu.
Ledo engano!!!
Já estamos bem mortos!
Nada resta...
Nem a esperança de isso um dia mudar.