AO AMANHECER

AO AMANHECER

Ligando as conexões entre o céu, a terra e o infinito

Navegamos por entre nuvens que se instalaram no céu da boca da montanha

Perdidos entre formigas e aranhas

Nas formações de pedras em granito

Na terra que viajam cegos e famintos

Entre tantos e enormes labirintos, eu

Estamos todos, porque acreditamos no que foi dito

Naquilo que estar por vir e, se virá, cremos que será infinitamente maravilhoso

Viemos de uma grande nação

Viver é a plenitude do ser humano

Do que somos, a morte não é desengano

É encontrar a vida eterna em algum céu, em outra terra

A vida realmente não se encerra

Começa quando despertamos, saltamos da nossa inércia e, sem pressa, desfrutamos cada dia

Isto é morar na Bahia, no Iraque, Japão, Cuba, Paquistão

È ser cristão, budista, crê no Alcorão ou ser Kardecista

Estamos nessa pista, que nos conduz ao além

Ao amanhecer, que sendo renascimento é também desfalecimento

Quando acordamos, outros dormem e se dormimos a morte nos visita

O destino a fala nos dita

Muitas vezes isso me irrita

É por isso que não uso fita

Pois, só devemos amarrar as inverdades

A sinceridade é sempre bendita

O amanhecer é a sonoridade do silêncio, das estrelas dormentes

A contemporaneidade não deve ser o espelho de um mundo demente...

Julia Rocha 12/02/2002

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 15/02/2010
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