Destino
Quem sabe, por quais ruas andamos,
em que esquinas paramos,
que cruzamentos cruzamos.
Quem sabe, naquela festa, nosso olhar fitou,
meu ombro no teu resvalou
e sem querer, se desculpou.
Quem sabe, se naquela rua,
naquela esquina ou cruzamento,
tivéssemos nos dado um momento
pra gente enfim, se conhecer.
Quem sabe, se naquela festa,
aquele nosso simples olhar,
aquela nosso simples resvalar,
pudessem afinal, se apresentar.
Mas, quem sabe, ainda haja tempo
pra gente poder mudar.
Então, vamos outra vêz andar
por aquelas mesmas ruas,
outra vêz dançar a dança tua.
E naquela próxima festa,
aproveitar todo o tempo
do que ainda nos resta.