O DILEMA

Quem sou?

Será que posso ser eu mesmo?

Será que posso livre escolher,

se acostumado estou a seguir

os passos dos homens.

Se sou um personagem

dentro de minha própria casa,

se sou apenas o número de um RG.

Um número no banco?

Se sou ser pré-fabricado,

um ser pré- determinado

se minha lógica está no outro,

não mais pertence a mim.

Cadê o meu existir?

Apenas me vejo nas verdades

alheias, cadê o que me é próprio?

Deixa eu me perder em minhas idéais.

Deixa-me ser, por mim responsável

Deixa-me assumir meus próprios atos.

Deixa-me refletir no espelho

dos meus próprios olhos.

Deixa me despir das tantas máscaras

tenho fome de mim mesmo.

Deixa-me existir, deixa-me ser.

Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 02/08/2006
Código do texto: T207917
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