CRIAMOS OS NOSSOS MUROS
O homem cria seus próprios muros, enfrenta suas próprias barreiras, ou as constrói pelo caminho . Quando o homem nasce descortina-se uma paisagem límpida e livre de obstáculos. Os muros que se apresentarem a sua frente serão facilmente transpostos ou derrubados. Ao crescer o homem vai aos poucos adquirindo material para confecção de seus muros e assimilando nas suas fraquezas, as dificuldades para a sua sobrevivência. Na juventude, os muros existem, mas são ignorados . As barreiras e as quedas,são um risco a ser corrido. Não há tempo, para ser perdido e, o muro é apenas algo a mais ...chocam-se neles, em uma constância espantosa, perdendo a vida, ou a razão explicita nela. Na idade madura, o homem irá encontrar vários tipos de muros: O muro da inocência; o muro da ignorância; o muro da experiência ; o muro da razão; o muro da sabedoria; o muro da vergonha ; o muro do arrependimento e o muro da lamentação. Todos eles são humanos, e por isso serão passiveis de transposição. Mas,...tem um muro, que mesmo imaginário, é usado pelo homem aproveitador das fraquezas dos seus irmãos:o muro da safadeza, e ele penderá sempre para o lado mais conveniente e vantajoso daquele que vive em cima dele.
Muros tiram a visão. Colocam ponto final. Aprisionam e cerceiam a liberdade. Escondem a paisagem natural. Isolam!...
Muros são em suma: “separatistas”.Ficam sempre entre os ideais do amor e o confinamento do nosso espírito, tão necessitado de “horizontes e luminosidade”.