A CARTA

Todos os dias o carteiro sorri-me esperanças e corro depressa para constatar que não chegastes! Diante da minha tristeza ele sorri, solidário acena-me um "até amanhã". Novo dia, nova aurora, renova-se a minha alegria e hoje, eu penso, elá virá!

Mas a cena se repete e as linhas perfumadas que espero, dizendo-me dos amores, das paixões e da saudade, inisistem em não chegar. Na janela, os pensamentos ao longe, perdidos, como as linhas que espero, perdidas nos dias, pelas ruas da cidade...

Helena da Rosa

07.02.2010/12.11.2011