Tenho a Chave
Não me importam as ervas
Tenho o olor dos perfumes
Não me ceiam os chacais
Doto fomento aos cometas
Não me pungem pela estaca
Meu vento venta torto.
Meus cálices são untados
Comprometo-me a escolher
Pros mafarricos, a granada
Não me mugem os macacos
Sou veloz, sou ouriço
Armado aos dentes, na trincheira.
São sisudos os membros expostos
Requeijão às terapias, boto-as na meda
Meu cantar é de aventura
Meus concertos, parlamentos
Fiz canjica ao engraxate
Do tonel, migrei às faces.
Não tenho a avenida das coisas
Sumo pelos inóspitos bairros
A correr à espessura dos altares
Que me cessam os zigotos, pelas rodas
Meu legado, não decoro, leciono-o
Ao mês de meu invento, bato palmas.