Sejamos Seres

O poder que a vala assume

Faz-nos erigir descalços

A meio mastro, no bater da aldrava

À contra-capa da vida.

Pequeno moço

Desvelando sangue hirto

Comete erros fáceis

Metendo-se fundo, à lava ácida.

Fazemos novelos de piquetes aos montes

Nem bem os jacintos secam e lá estamos nós

Mormente apagados, gato a esgoelar

Trovas de rojões a nos conformar, epitáfios.

Tenra forma de alçar presas

Ao batuque das bombas

Sentimentos escorridos na pia

Sufocantes aços em nosso ser.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 02/08/2006
Código do texto: T207430
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.