Chuva de versos

Da janela eu vejo as gotas caírem com seu ruído característico, enquanto tento permanecer em silêncio.

Sinto meu coração pulsando acelerado, na espera que parece não ter fim, e, observo atentamente a paisagem ao meu redor, como se as paredes fossem transparentes… É inicio de Fevereiro, todos os versos ficaram implícitos nos ruídos da chuva, como se escrevesse cada gota, linha a linha, no poema desejado.

Nada escrito, tudo sentido, sem sentido… O poema de chuva, a chuva de versos inundando a mente. Nenhum poema escrito, somente versos de chuva, de lágrimas.

Declamando versos, a chuva cai… as lágrimas caem, secas por fora, molhadas dentro de mim!

Nada é como antes, os poemas sorriram enquanto puderam, agora caem do céu feito lágrimas sem sentido.

São meus dias molhados, de uma chuva que não cessa!

Esta chuva que inunda-me de inspiração, mas não me traz alegria, apenas afoga-me no poema sem rima, que não termina, deixando-me a espera do poema que se perdeu no horizonte e da janela espero ansioso – trará ele, um amor que me dê alegria? Chegará na primavera da paixão, florindo minha vida?- espero, na janela, a chuva passar… E levará meus veros molhados, pelos bueiros afora, na cidade sem rima, onde moro acompanhado mas continuo me sentindo só!

Mando Mago Poeta 20:11 6/2/2010

Mando Mago Poeta
Enviado por Mando Mago Poeta em 06/02/2010
Código do texto: T2073247
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