Desistência
Tantas vezes te falei do meu amor por você
Foram tantas e tantas vezes que passei a me sentir cansativa
Você dizia que não ia me enganar dizendo que correspondia ao meu amor
Ainda assim insisti por muito tempo em deixar claro o meu amor por você
Nunca gostei das minhas poesias, eu na verdade nunca considerei poesias
Mas tudo que escrevi falando do meu amor por você foi mais que poesia
Foram declarações profundas da minha alma
Não sei quantas vezes disse que te amo; não contei...
Hoje vejo que durante todo o tempo seu amor estava vivo, só que por outra pessoa
Uma pessoa que não sei quem é e nem quero saber porque apenas doeria
Sei bem da minha insistência em te propor um amor que não te interessou em nada
Sei também que por algum sentimento você deixava que eu falasse do meu amor
E fez de forma que eu não sentisse que me desrespeitava e sei que não desrespeitou
Acho que você deixou que o tempo passasse para que eu me cansasse um dia
Que o deixasse sem nenhuma mágoa por algo que me fizesse
Um dia fui longe demais e então você se calou para mim, se calou definitivamente...
O que eu poderia fazer diante da ausência e silêncio? O que fiz: nada.
Eu amei, amo e me resta um vazio de tudo diante da realidade
Estou tão cansada, tão cansada de falar sozinha, de sentir sozinha, de sonhar sozinha
Estou aqui e me sinto a pessoa mais só do universo
Não sei das outras pessoas, sei apenas um pouco de mim
Sei que me sentir a pessoa mais só do universo é um silêncio tão absoluto e a coisa impossível de ser compartilhável
Escrevo em códigos, mesmo que apenas eu escreva meu nome, o que escrevo são códigos;
Esta é a maior inverdade sobre mim, mas que foi dada como fato e se espalhou como a grande verdade.