Heresia
Meu terremoto parou
No limo do picadeiro;
Pretendia ostentar mais um tomo
Foi barrado no portal do sal;
Inventor da mania amarrotada
Que afoga a água e desnuda;
Nada, um maço de palha
Carregado no arco da velhice;
À letra mais terna
Da noite encapuzada
Murmura o anjo borrão, fatigado
De lastro e coleira no vão;
O peixe de escama lixada
A urinar clarinho, bem de sapinho
Debaixo, o deus da morada.