O VERDE NÃO DEMORA
Quanto a demorar a hora
O verde não demora a aparecer
Vem com as armas de fora
Da terra que era nossa
E que não é mais santa
Vem manchada de sangue inocente
E os criminosos bailando
Numa fossa indecente
Não espero mais nada acontecer!
Pois eu temo pelas cabeças sagradas da inocência
As crianças de mãos postas,
Eu temo pela crença amedrontada
Que nasce forrando pastos de consciências verdes
Eu temo pelos acordos de paz imponderáveis
Ao sofrimento
Eu temo pelo crescimento dos miseráveis
Que ocultam penas e fazem terror
E a dor é tanta, como se fosse santa;
E o sangue corre não bastasse a crucificação
Pelo amor, quando verei a chuva correr em paz,
Molhando a terra santa do coração
Matando todas as sedes?
Walterbrios
29/7/2006