Contestado; respondo...
I
Sei por qual razão eu amo perdidamente em cada novo dia,
E porque minha emoção é intensa, entusiasmada e bela,
Pois é proporcionada pela “luz” de uma alma clara de alegria.
Disposta discretamente sob o brilho que ilumina minha janela,
II
Alguns descrevem que é loucura, e acreditam... por certo,
Que perdi o juízo; mas eu apresento a minha defesa, no entanto,
Argumento que este querer me deixa cada vez mais desperto
E recebo esta magia constantemente sem nenhum espanto,
III
E quando ela se eleva, revejo tudo a que tempos não havia sentido,
Minha existência ajustada noutra essência que me preserva,
Com a alma bem-aventurada, todo aparato de vida ali refletido,
Largueando-se como a estrela, estando no anverso que conserva,
IV
E assim, coexisto por todo o tempo, amparado neste enquanto,
O meu acesso existencial, como um querer acessível fulgura,
No ressurgir da história, nostalgia afasta prontamente o pranto,
Conservando sem medo a afeição na proporção de outra figura,
V
Quando o amor me abraça, todos os dias, absorvente e lento,
No ocaso delineando verdades como um destino dourado,
Reafirmo continuamente aos que comungam do meu pensamento,
Que amo perdidamente em cada nova quimera de estar apaixonado,
VI
E no amanhã ainda afirmarei que amo postando as lamúrias invertidas,
Um apego assumido junto à vida a consumir-me na loucura...
Na esperança que o tempo ainda possa reunir estas vidas,
Recompondo-as em sonhos no absolutismo sincero desta ternura!