Contestado; respondo...

I

Sei por qual razão eu amo perdidamente em cada novo dia,

E porque minha emoção é intensa, entusiasmada e bela,

Pois é proporcionada pela “luz” de uma alma clara de alegria.

Disposta discretamente sob o brilho que ilumina minha janela,

II

Alguns descrevem que é loucura, e acreditam... por certo,

Que perdi o juízo; mas eu apresento a minha defesa, no entanto,

Argumento que este querer me deixa cada vez mais desperto

E recebo esta magia constantemente sem nenhum espanto,

III

E quando ela se eleva, revejo tudo a que tempos não havia sentido,

Minha existência ajustada noutra essência que me preserva,

Com a alma bem-aventurada, todo aparato de vida ali refletido,

Largueando-se como a estrela, estando no anverso que conserva,

IV

E assim, coexisto por todo o tempo, amparado neste enquanto,

O meu acesso existencial, como um querer acessível fulgura,

No ressurgir da história, nostalgia afasta prontamente o pranto,

Conservando sem medo a afeição na proporção de outra figura,

V

Quando o amor me abraça, todos os dias, absorvente e lento,

No ocaso delineando verdades como um destino dourado,

Reafirmo continuamente aos que comungam do meu pensamento,

Que amo perdidamente em cada nova quimera de estar apaixonado,

VI

E no amanhã ainda afirmarei que amo postando as lamúrias invertidas,

Um apego assumido junto à vida a consumir-me na loucura...

Na esperança que o tempo ainda possa reunir estas vidas,

Recompondo-as em sonhos no absolutismo sincero desta ternura!

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 05/02/2010
Código do texto: T2070153
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