Companhia

O que continua, prossegue.

E prosseguimos, contínuos.

E persistimos, amantes.

E enganamos, errantes.

E desmantela-se, casal.

E prolifera-se, tão mal...

E eu que escrevo o que me entregas diariamente...

E eu que denuncio as nossas práticas.

O que nos assalta é manso.

O que nos mata é denso.

O que nos maltrata é hipertenso.

O que, doravante se escreve, é insano.

Sou eu em tuas páginas...

Sou eu, agora íntimo, agora companheiro do teu dia a dia.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 02/02/2010
Código do texto: T2064858