Nostalgia que surgiu em mim um dia
Uma criança inconsciente de lembrança,
até que um dia me adveio à nostalgia
com um sabor esquisito de azinhavre.
E o meu débil entender ainda não se abre.
Tive um sentimento que não sentia,
mas que em meu infantil peito ardia...
Quem era afinal, um ser sem confiança,
uma rechonchuda e alimentada criança
ou, uma deprorável, com nanica pança?
Minha adorável mãe e suas ladainhas,
uma fulgurante espada sem bainha,
porém, postada como humilde rainha
mostrando-me o céu e o paraíso,
posto que lhe faltasse melhor juízo.
Bem, continuo ainda com dúvidas.
- Quem sou eu, e para aonde caminho?
Porém, me apercebo não estar sozinho,
algo sentido como amor deve estar comigo.
Embora, pareça tisnado este caminho ambiguo
a minha estada nesta estrada deve ter motivo.
O meu pensamento a tudo sobrevoa ativo.
Não sei se apenso ao amor, penso,
ou meio penso, penso quando vivo.
Estive sempre almejando um paraíso,
mas percebi que, edênico fico neste plano
posto que o Édem ficasse aqui no oriente
de frágeis paturientes de guerras quentes
nascidas de corações friamente humanos.
Valho-me de alegrias de momentos eternos,
sem ao certo saber se a verdade me invade
ou se o engano prevalece a primeiro plano.
Sou apenas frágil errante por estes anos,
nesta estrada com milhões de encruzilhadas
encetando-me a paz perdida em hipocrisia.
Porém sei, estou palmilhando a eternidade.
Não sou velho nem criança e não tenho idade.
Aprendi a viver o momento feliz, ou triste,
e a minha mente crente sempre resiste.
Portanto, vivo na eternidade, e me apercebi
de que na vida vale a bondade qual dela recebi.