Nostalgia que surgiu em mim um dia

Uma criança inconsciente de lembrança,

até que um dia me adveio à nostalgia

com um sabor esquisito de azinhavre.

E o meu débil entender ainda não se abre.

Tive um sentimento que não sentia,

mas que em meu infantil peito ardia...

Quem era afinal, um ser sem confiança,

uma rechonchuda e alimentada criança

ou, uma deprorável, com nanica pança?

Minha adorável mãe e suas ladainhas,

uma fulgurante espada sem bainha,

porém, postada como humilde rainha

mostrando-me o céu e o paraíso,

posto que lhe faltasse melhor juízo.

Bem, continuo ainda com dúvidas.

- Quem sou eu, e para aonde caminho?

Porém, me apercebo não estar sozinho,

algo sentido como amor deve estar comigo.

Embora, pareça tisnado este caminho ambiguo

a minha estada nesta estrada deve ter motivo.

O meu pensamento a tudo sobrevoa ativo.

Não sei se apenso ao amor, penso,

ou meio penso, penso quando vivo.

Estive sempre almejando um paraíso,

mas percebi que, edênico fico neste plano

posto que o Édem ficasse aqui no oriente

de frágeis paturientes de guerras quentes

nascidas de corações friamente humanos.

Valho-me de alegrias de momentos eternos,

sem ao certo saber se a verdade me invade

ou se o engano prevalece a primeiro plano.

Sou apenas frágil errante por estes anos,

nesta estrada com milhões de encruzilhadas

encetando-me a paz perdida em hipocrisia.

Porém sei, estou palmilhando a eternidade.

Não sou velho nem criança e não tenho idade.

Aprendi a viver o momento feliz, ou triste,

e a minha mente crente sempre resiste.

Portanto, vivo na eternidade, e me apercebi

de que na vida vale a bondade qual dela recebi.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 01/02/2010
Reeditado em 01/02/2010
Código do texto: T2063804
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