Não Há
Não há ipê que floresça
Ao embaraçoso julho da língua
Não há músculo que enrijeça
Ao desastroso tinir do assombro
Não há viúva sem teia, frio que esteia
Ao voluptuoso ressarcir das contas
Nem idéia sem mate, nem frade que ate
Ao desaconselho fugaz da malva
Vamos adormecer nas pedras e areias!
Não há fato em repouso, nem por pouco
Ao breve torpor da decantada bandeja.