Tarde de Julho
Ó tarde de fleimão neste Julho pegadiço
Chovendo à melúria dos pingos, lavando a alma
Só não fleima a chuva minha
Pois, a tarde está pingada
Queimando tochas leitosas
Fulgor e celibato.
Pingando sobre o leito, o fogo preciso
Segue aceso, o conluio fulgurante da chuva
Lava o Julho, a tocha solfeja a só;
Só não é minha, a fulgurante tarde
Porque limpeza é melúria da alma
Pudor e mesa farta.
Por mais molhado e pingado o leito que fleima
Aquece com o lume resmungado, a alma nesta;
Monta conluio com a farta mesa, o solfejado meu
Só não chove em mim agora, porque o pingo se apagou
Celibatário e pudibundo;
Já é tarde.