Mosquitinho invasor
Nessa sala de reunião venho como um pequeno mosquitinho zumbizar. No teu nariz vou pousar e começar a te perturbar, entre abanadas e espanadas quero te atrapalhar, o teu juízo vou atormentar e quieto não vais ficar. Toco tua pele com muita delicadeza incitando tuas mãos a rapidinho se alisar, depois pouso no teu ouvido e então o frenesi vai começar. Meu pequeno biquinho te beliscando vai está, e quando encontrar o ponto certo uma leve mordidinha vai fazer arrancar, um pedaço bem gostoso de tua carne vou provar. Minha linguinha em movimentos frenéticos e impaciente vai lambendo tua parte lobular, e se tentares me afastar mais persistente vou ficar. Zumbizo pra cá, zumbizo pra lá até enlouquecido ficar, toco até naquela parte mais sensível pra me aproveitar, pouso em cima da mesa com cara de atrevida, com um ar de “não conseguirás me afastar”, te desafio a me fazer ausentar e na sala a paz deixar, mas teimosa como sou, voou rapidinho pra me esquivar daquela mão que bruscamente vem a se levantar. Aumentando ainda mais essa empolgação e principalmente ativando tua imaginação, teu cérebro aguça os sentidos e de minha boca palavras vai ouvindo. Com escárnios de bem dizer, tento te convencer que de mim não vais se livrar e logo, logo vou gritar assustando teu descansar e não mais na calmaria vai ficar. Digo que de tua boca vou provar e nas noites, mais ainda vou te atormentar. Perdido vai está porque de mim não vai se livrar, o zumbizado vai aumentar para sempre te lembrar daquela invasão na sala de reunião, do engraçadinho mosquitinho que atrapalhou tua concentração.
Zunzunzun!